terça-feira, 13 de agosto de 2013

À solta na noite - Sherrilyn Kenyon - Opinião

Predadores da Noite #9
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 304
Editor: Edições Chá das Cinco
ISBN: 9789897100178

"É um mundo cruel para os Predadores. O perigo espreita em cada esquina. Não há ninguém em quem possam confiar. Ninguém que possam amar. Não se quiserem continuar vivos...

Wren Tigarian era apenas uma cria órfã quando foi levado para o Santuário. Muitos veem-no como uma aberração - uma mistura proibida de duas espécies, pelo que se tornou um solitário, isolando-se tanto do contacto com os Predadores do Homem como com os humanos. Até conhecer Marguerite Goudeau. Filha de um notável senador dos EUA, Marguerite detesta a farsa social em que é obrigada a viver. Contudo, não tem outra opção senão tentar adaptar-se a um mundo onde se sente uma estranha. O mundo dos humanos nunca devia contactar com o dos Predadores do Homem, que habitam a seu lado, invisíveis, desconhecidos, indecifráveis. Mas para que possa proteger Marguerite, Wren terá de combater não apenas os humanos que nunca aceitarão a sua natureza animal, como também os Predadores do Homem que o querem ver morto. É uma corrida contra o tempo num mundo de magia sem fronteiras que lhes poderá custar não apenas a vida, mas a alma..."
Opinião:
Tenho-me apercebido, à medida que vou avançando na história, que todos os livros Predadores da Noite lidos até então, tem camuflado em si lições de vida. Situações vividas por pessoas reais mas contadas pela SK através dos seus deliciosos personagens.
Desta vez chega até ao leitor a história de uma personagem tão forte e ao mesmo tempo tão inocente que passei a leitura toda com pele de galinha e os olhos brilhantes com as lágrimas ali iminentes. Wren era apenas uma jovem cria órfã quando foi levado para o Santuário de Nicolete para que pudesse crescer sem que algum mal lhe fosse feito. Porque Wren não é apenas uma cria órfã. Ele é também o fruto de um cruzamento proibido entre duas espécies.
A jovem cria cresce isolando-se de tudo e de todos e começa por ter uma atitude muito parecida com a dos meninos que sofrem de autismo. O seu único companheiro é um Macaco que por curiosidade é o único animal residente do Santuário que é apenas isso, animal.
A outra personagem principal desta história fantástica é Marguerite ou Maggie para os amigos. Ela é uma rapariga da alta sociedade que vive diariamente com as pressões feitas pela família e pela sociedade onde a família de renome se encontra inserida. Maggie sente-se deslocada, como se ela não pertencesse aquele circulo de pessoas que vivem de estigmas e aparências. E efetivamente ela não pertence ali, e vem a descobrir isso quando encontra Wren, no bar Santuário pela primeira vez.
A minha opinião em relação à escrita e à magia da escrita de SK mantem-se, ela é uma senhora que sabe escrever, que sabe contar uma história mas não só. Ela tem o poder de nos tocar com uma simples frase com uma simples situação exposta em meia dúzias de livros.
Eu amei este volume da série, foi tão intenso e tão marcante que a empatia que senti, não só pelo casal protagonista, como por todas as personagens que entram na acção, quase que 'rebentou' comigo. Há quem diga que escrever desta forma é manipular os leitores, eu cá acho que é uma excelente forma de cativar os mesmos porque estamos a ler algo na vertente do paranormal e ainda assim a lidar com situações que param nos telejornais do nosso dia a dia quase a toda a hora.
Dos meus preferidos da série, uma leitura absolutamente deliciosa! Recomendo 300%
Boas leituras,


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