terça-feira, 8 de outubro de 2013

Café com livros e uma pitada de: Vero Lua de Melo (Ana Pacheco) [entrevista]


Ana Pacheco, sob o pseudónimo de Vero Lua de Melo, jovem autora vimaranense do livro 'A melhor quinzena de um século de vida' recentemente editado pela Chiado Editora, aceitou partilhar umas confidências com o Blog Café com Livros 21... aqui fica a sua entrevista com um cheirinho a café...

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Ana é uma jovem autora e como tal ainda anónima para a grande maioria dos leitores. O que nos podes dizer sobre si? 
 
Sou natural de Guimarães, tenho trinta e dois anos e sou fisioterapeuta. Escrever é algo que faço nos meus tempos livres, e quando a inspiração assim o permite. A família, as viagens, os livros e a escrita são, desde cedo, os pontos cardeais da minha vida.
 
 
Porquê Vero Lua de Melo? De onde surgiu o pseudónimo? 

“Vero” surgiu de um filme francês, em que a personagem se chamava Véronique e era carinhosamente tratada por “Véro”. Soava-me bem este nome numa mulher. Em português, pode pronunciar-se Vero, que é o nome do meu marido, e a quem quero, de certa forma, homenagear. Ele foi a única pessoa que acreditou, verdadeiramente, em mim – por vezes, mais até do que eu própria! Embora o livro tenha sido escrito por mim, isto é um projecto a dois: há o apoio nas horas más, o incentivo, a paciência… Tudo a dois, por um só sonho.
 
“Lua”, porque a essência e o sentido das minhas palavras é apenas um, embora as interpretações possam ser imensas. A Lua também se mostra de igual forma a todos, mas o que uns dizem ser um quarto minguante, outros insistem ser um quarto crescente.
 
“De Melo” é apenas para completar. Vero Lua de Melo soa-me bem na sua totalidade, de uma assentada só.


Como ou quando reparou que gostava de escrever ou que a escrita fazia sentido para si?

Esta paixão já vem desde tenra idade, mas não sei precisar, com exactidão, o momento em que tomei real consciência da sua importância na minha vida. Recordo-me de ser ainda muito nova quando ganhei um livro, com um poema, que escrevi para o passatempo que uma rádio local fazia ao fim-de-semana.

Quais os seus géneros literários favoritos? Gosto do género narrativo, particularmente do romance.

Costuma inspirar-se em quê, quando escreve?

Sou bastante observadora e boa ouvinte. Inspiro-me em tudo o que me rodeia e invento. Invento muito. A escrita é libertadora e permite-nos vaguear, sem limites, por imensas realidades, áreas e temáticas. Somos, apenas, co-autores das nossas vidas reais, mas num livro, tudo se desenrola segundo a vontade plena do autor. Há espaço para sonhar, criar e reinventar o mundo.
 


Algum escritor/a ou autor/a que identifique como ídolo?

Admiro Eça de Queirós. A leitura de “Os Maias” marcou a minha transição do patamar literário juvenil para os clássicos. É notável o talento de Eça para descrever realidades com detalhe aprimorado e sentido crítico. Era um homem muito atento à sociedade da sua época.

 
A única formação que fiz na área da escrita foi um workshop e a participação em algumas sessões da Fábrica de Escrita, com o escritor Pedro Chagas Freitas. Adorei. De algum modo, o Pedro marcou o meu percurso literário. Embora tenhamos estilos muito diferentes – eu sou mais dada a floreados -, cativa-me a sua escrita forte, directa e profundamente reflexiva. Percebo-lhe as vísceras da alma.

Porquê a Chiado Editora?

Vi uma reportagem televisiva sobre esta editora e gostei imenso. Cativou-me o facto de se preocuparem em proporcionar oportunidades a jovens autores. E estou muito feliz. Com o apoio da Chiado Editora abri, pela primeira vez, a janela da escrita da minha vida. 

Tenciona publicar mais algum livro? Tem ou está envolvida em mais algum projecto de escrita? Pode adiantar alguma coisa?

Gostava muito de dar continuidade à minha actividade no mundo da escrita. Já começaram a surgiram novas ideias, que vou burilando na mente. Espero, entretanto, começar a estruturar uma nova história, mas ainda não comecei a trabalhar, efectivamente, nesse projecto.

 

 



E agora um pequeno desafio. Responda a primeira coisa que lhe vier à cabeça e não vale fazer batota:

Se fosse um livro, qual seria? “Os Maias”, de Eça de Queirós. Uma obra-prima.

Uma cor? Branco.

Um animal? Gato.

Um fruto? Manga.

Filme preferido? “Mystic River”.

Música Preferida? Banda sonora do musical “O Fantasma da Ópera”.



Deixe uma mensagem aos seus fãs e futuros leitores.

Espero, sinceramente, que a leitura desta obra possa, de algum modo, inspirar a vossa busca pessoal e incentivar a conquista de sonhos desejados. Escrevi-o com muito carinho, na esperança de despertar o que de melhor existe em cada ser humano. Mais do que o meu romance de estreia, é uma homenagem a Portugal e a Guimarães, cidade que me viu nascer, berço da nação e raiz central de todos os portugueses.

Onde podemos encontrar o seu trabalho como autora?

Na minha página de autora, no Facebook, vou divulgando a obra e actividades, novidades ou eventos relacionados com este projecto. Entretanto, utilizarei também o Goodreads.

O livro está agora a entrar em distribuição. A obra já está fisicamente disponível na Livraria Les Enfants Terribles – Bar & Livraria do Cinema King. Online, no site da Chiado Editora, Wook e Fnac. Nesta última, pode já fazer-se a encomenda directamente ao balcão. Entretanto, espera-se que possa ficar fisicamente disponível noutras grandes superfícies (El Corte Inglesa, Sonae, Bertrand) e, talvez, até em algumas livrarias locais. Dado que a aquisição de exemplares físicos fica ao critério destas áreas comerciais, mesmo que não os encontrem, poderão sempre fazer a encomenda da obra nestes balcões.

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